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Autora: Ingeborg Bachmann
Tradução: Matheus Guménin Barreto
Plaquete – 22×30 cm – 32 págs.
ISBN 978-85-6642336-5
Em Dito ao Anoitecer, o leitor brasileiro pode desfrutar da grande potência lírica da autora, cujo trabalho com a linguagem converge para as oposições entre claro e escuro, sombra e luz, conhecimento e instinto, novo e antigo, em empenhado apuro estético.
Ingeborg Bachmann apaixonou-se pelo poeta de origem romena Paul Celan na primavera de 1948, em Viena, onde passaram dois meses juntos. Numa carta à mãe, ele escreve: “conheci o poeta surrealista Paul Celan e ele está maravilhosamente apaixonado por mim”. Celan tinha 27 anos e Bachmann tinha 21. O par frequentava o Café Raimund junto com outros intelectuais instigados pelo escritor e crítico teatral, Hans Weigel, famoso por apoiar e incentivar novos autores. Do ímpeto desta ambígua paixão nasceu um dos poemas mais belos da língua alemã, Corona, que aparece na primeira coletânea de Paul Celan, Papoula e Memória, que seria publicada quatro anos mais tarde. Em 1958, Bachmann conheceu Marx Frisch em Paris, contudo, ainda emocionalmente envolvida com Paul Celan, – “o outono de outrora invade este outono”, – quase sucumbe na relação com o egocêntrico escritor que perdurou quatro anos. Em 1960, Frisch e Bachmann vão morar juntos e dois anos mais tarde o namoro é interrompido. Max Frisch publica então o romance, “Meu nome é Gantenbein”. Bachmann se reconhece na figura da protagonista e sente-se profundamente atingida e traída, resultando em várias crises de nervos e estadias em clínicas. No famoso discurso de agradecimento ela fala sobre a condição do indivíduo impulsionado à loucura: “de escrever ninguém fica louco, mas sim, como qualquer outra pessoa que não seja escritor, fica louco com a usurpação, com a violência, com a pura brutalidade, com a perda de sua honra, com a ameaça de sua existência.” Em um capítulo de Malina (publicado em 1971) lê-se: “Minha vida acabou, pois ele afogou-se com o transporte no rio, ele era a minha vida. Eu o amei mais do que a minha vida.” Ingeborg Bachmann faleceu três anos após a morte de Paul Celan.
Sobre a autora
Ingeborg Bachmann nasceu em 1926, na Áustria. Poeta, romancista, tradutora, libretista, ensaísta e dramaturga, recebeu em 1964 o Prêmio Georg Büchner. Ainda em vida foi reconhecida como uma das mais potentes vozes da literatura em língua alemã. Trabalhou intensamente com diversos artistas de sua geração, dentre outros o poeta Paul Celan e o compositor vanguardista Hans Werner Henze. Bachmann morreu em 1973, em Roma, devido a um incêndio em seu quarto de hotel, supostamente causado por um cigarro. Em 1976 foi instituído na Áustria o Prêmio Ingeborg Bachmann, que cumpre hoje como poucos o papel de laurear autores significativos no contexto da literatura em língua alemã.